Um dos maiores desafios no início da carreira de designer é saber quanto cobrar. Se você já se perguntou se está cobrando caro demais ou barato demais, saiba que não está sozinho.
Precificar corretamente não é só sobre “colocar um valor”, mas sim entender seu tempo, esforço, mercado e valor entregue ao cliente. Neste artigo, você vai aprender estratégias para definir preços justos e sustentáveis no design.
Por que é difícil precificar no design?
Muitos profissionais criativos enfrentam insegurança na hora de definir preços porque:
- Cada projeto tem demandas diferentes.
- Não existe uma tabela única e oficial.
- Clientes muitas vezes não entendem o real valor do design.
- A comparação com concorrentes pode confundir.
👉 Mas a boa notícia é que existem métodos práticos para chegar a valores mais claros e consistentes.
3 formas de precificação no design
1. Por hora
Você define um valor pelo seu tempo de trabalho (ex: R$ 60/h).
Essa é uma forma que eu utilizo constantemente para projetos de design de post/design de social media, já que eu já tenho uma noção do tempo que levo para fazer um post. E a partir desse meu entendimento eu monto pacotes de design de posts que são mais vantajosos do que contratar por unidade.
- Vantagem: clareza sobre quanto vale sua hora.
- Desvantagem: difícil prever o tempo exato de cada projeto.
2. Por projeto
Você avalia o escopo e cobra um valor fechado (ex: identidade visual completa = R$ 2.500).
Essa forma de precificação é a minha favorita para projetos de identidade visual, design para produtos, como estampas de camiseta, layout de e-book… Com base no meu escopo de projeto consigo formalizar um valor fixo para esses projetos.
- Vantagem: segurança para o cliente, que já sabe o valor final.
- Desvantagem: exige experiência para calcular o tempo real de execução.
3. Por valor percebido
Você precifica de acordo com o impacto que o design terá para o cliente.
- Exemplo: um logotipo para uma startup de tecnologia pode valer mais do que para um projeto pessoal, porque o retorno financeiro para a empresa será maior.
- Vantagem: permite cobrar mais pelo mesmo serviço.
- Desvantagem: exige habilidade de negociação.
Fatores que influenciam o preço
- Complexidade do projeto (um post de Instagram x uma identidade visual completa).
- Prazos (entregas urgentes geralmente custam mais).
- Experiência do designer (quanto mais portfólio e autoridade, maior o valor).
- Mercado e público-alvo (clientes locais x grandes empresas).
- Custos extras (softwares, banco de imagens, impressão, etc.).
Erros comuns na precificação
Agora, deixa eu te contar: todo designer já cometeu alguns deslizes na hora de cobrar (eu incluso 😅). E tá tudo bem, faz parte do processo. Mas pra você não cair nas mesmas armadilhas, separei os erros mais comuns na hora de precificar.
- Cobrar apenas pelo tempo e não pelo valor entregue.
- Comparar-se apenas com concorrentes e esquecer o próprio custo de vida.
- Não considerar revisões e alterações no escopo.
- Deixar de formalizar orçamentos e contratos.
Dicas práticas para precificar melhor
- Calcule seus custos fixos (softwares, internet, equipamentos).
- Defina um valor mínimo por hora para se orientar.
- Crie pacotes prontos (ex: 8 posts + 8 stories/mês), isso facilita para o cliente.
- Sempre inclua no orçamento: prazo, número de revisões e formas de pagamento.
- Revise seus preços regularmente conforme ganha experiência.
Conclusão
Precificar no design não precisa ser um bicho de sete cabeças. O segredo é entender seu valor, conhecer o mercado e usar métodos claros para calcular seus preços.
💡 Se você é designer e ainda sente insegurança, comece aplicando uma das formas de precificação e ajuste conforme sua experiência.
👉 E se você é empreendedor buscando design de qualidade, entre em contato comigo para conversar sobre soluções criativas para a sua marca.